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De repúdio a apoio, países se manifestam sobre resultado de eleições presidenciais na Venezuela

Entre dúvidas e solidariedade, nações se manifestaram acerca de vitória de Nicolás Maduro; Brasil espera divulgação oficial das atas

De repúdio a apoio, países se manifestam sobre resultado de eleições presidenciais na Venezuela
Nicolás Maduro, Vladimir Putin, Antony Blinken e Javier Milei
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Múltiplos países expressaram dúvidas, nesta segunda-feira (29), sobre a transparência da eleição presidencial de domingo (28) na Venezuela, onde o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a vitória de Nicolás Maduro. Em 2018, o sucessor do falecido Hugo Chávez (1999-2013) venceu uma eleição boicotada por seus principais adversários. Ele teve 47 pontos de vantagem para o segundo colocado, Henri Falcón, candidato de uma oposição dividida.  No domingo (28), porém, a oposição estava unida na eleição. As pesquisas apontavam o favoritismo do candidato Edmundo González Urrutia, um “outsider” escolhido pela carismática e popular líder opositora María Corina Machado, que foi impedida de concorrer por uma inabilitação política. Mesmo assim, Maduro ficou sete pontos à frente de González (51,2% dos votos, contra 44,2%), após a apuração de 80% dos votos, segundo o CNE, controlado pelo chavismo, um anúncio recebido com ceticismo pela comunidade internacional.

Estados Unidos e países da União Europeia contestaram resultado

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, expressou “grave preocupação” com a possibilidade de que o resultado eleitoral anunciado na Venezuela não reflita a vontade do povo. Ele pediu uma apuração “justa e transparente” dos votos. “Agora que a votação foi concluída, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Pedimos às autoridades eleitorais que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir a transparência e prestação de contas”, disse. Já o líder da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediu que a Venezuela garanta “total transparência no processo eleitoral, incluindo a apuração detalhada dos votos e o acesso às atas de votação”. Na Espanha, o ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, pediu ao país que garanta “total transparência” na contagem dos votos, a “publicação das atas” e que “a calma e a civilidade sejam mantidos”. Já na Itália, o chanceler italiano, Antonio Tajani, exigiu que os “resultados que possam ser verificados”. 

América Latina se divide entre incertezas e condenações

 
 

O chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, pediu a “contagem total dos votos, sua verificação e auditoria de caráter independente” para “eliminar qualquer dúvida sobre os resultados”. A reação argentina foi um pouco mais enfática. O presidente da Argentina, Javier Milei, em sua rede social X (antigo Twitter), escreveu, antes da divulgação dos resultados oficiais, a mensagem “DITADOR MADURO, FORA!!!”. O presidente complementou: “Os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição e o mundo aguarda que reconheça a derrota após anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, acrescentou. “A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”, concluiu.

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FONTE/CRÉDITOS: Publicado por Marcelo Bamonte
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